segunda-feira, 23 de abril de 2012

O primeiro beijo

 Falam que o primeiro beijo tem um gosto especial. Posso afirmar que isso é uma grande, mega ultra mentira.Eu mesmo não senti gosto algum, além de saliva e batom.Vou relatar os meus acontecimentos antes, durante e depois desse momento tão aguardado por todos (que não tem nada de mais).
    O nome da cretina, vadia e cachorra (vocês entenderam esses insultos) que eu dei o meu primeiro beijo é Luana. Uma garota ruiva, um pouco gorda, bonitinha (feia arrumada) e com uma cicatriz quase imperceptível embaixo do nariz. Na época eu tinha doze anos, idade que determinei dar o primeiro beijo, pois achava que não estaria nem muito velho nem muito novo. Eu estava na 7º série e era novo na escola. Naquele tempo eu era feio e estranho (logo logo essa fase ganhará um texto), se bem que continuo estranho. Mas mesmo assim algo fez a cretina gostar de mim.
Me lembro que na época estava desesperado para dar o primeiro beijo, não por carência, e sim porque todos os outros pré- adolescentes já haviam feito isso e se gabavam por "emocionante momento". Vendo que ela estava afim de mim e como sabia que não conseguiria garota melhor, decidi dividir esse momento com ela. Antes de acontecer o "emocionante momento" eu a enrolei no mínimo um mês. Sempre inventava uma desculpa.  Estava inseguro com o meu desempenho, pois ela já tinha pratica nesse assunto.
Quando chegou o grande dia, pensei que a minha vida mudaria completamente. O beijo rolou na sala da escola, na hora do intervalo. Durante os quinze segundos, só pensava que não seria mais BV e me preocupava se a Luana iria gostar ou não.
Quando a  aula acabou e eu estava voltando  para casa pude analisar detalhe por detalhe o meu dia, em especial aquele momento. E sabe o que percebi? Que a minha vida não mudou em nada, absolutamente nada.
Se passaram 3 dias e nos mal se falamos.Quando  chegou o quarto, ela veio até mim e disse que era melhor sermos apenas amigos ( como se nós fossemos algo a mais, só por causa de um beijo). Eu concordei porque não gostava dela e nunca gostei. Mas algo ficou no ar. Minha sensibilidade ficou aguçada.  Perguntei a uma amiga dela se sabia o motivo e se a vaca tinha gostado. ela me respondeu que não sabia e que ela falou que tinha sim curtido o momento. Mas mesmo assim continuei desconfiado.
Se passou um tempo e a cachorra voltou a ficar no cio e de vez em quando nós trocávamos uns beijinhos. Isso durou até a 8º série. Quando o "relacionamento" iria ganhar um novo patamar a cretina disse que um primo   da Bahia voltou e ela tinha decidido ficar com ele. Eu não liguei porque realmente não gostava dela, mas reconheço que fiquei chateado.
Só o que realmente me deixou puto, foi saber que a quenga reclamava dos meus beijos para as amigas, do primeiro até o último. Se eu realmente beijava tão mal, por quê ela ainda ficava comigo? não tinha capacidade de arrumar coisa melhor? eu servia apenas nos momentos de solidão? E o pior é que a nariz de Michael Jackson ( uma das amigas dela que eu odiava e hoje sinto apenas pena) jogava isso em público toda vez que queria me magoar. E pra acabar comigo a cretina, vadia e cachorra depois de um certo tempo quis voltar para mim, alegando que não disse nada. Mas descobri que o primo baiano, colocou um par de chifres, e com certeza ela estava se sentido sozinha. Deve ter pensado que  o ex feio aqui e ainda esquisito estaria de braços abertos. Caiu do cavalo, pois nem se a minha boca já estivesse criando teia de aranha eu jamais tocaria um dedo, ou melhor, a minha boca nela novamente.
Depois da 8º serie eu a vi  apenas no último ano da escola e foi tão bom. Ali eu estava por cima. Tenho certeza que ela sentiu um arrependimento ao me vê, porque o mundo dá voltas e da 7º série até o terceiro colegial eu mudei muito. (mas como disse, logo logo essa fase ganhará um texto).
O conselho que dou é que momentos especiais devem ser divididos com pessoas especiais. Tudo tem a sua hora.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Medo

   Medo. Por quê essa palavra existe? Por quê esse sentimento sem estrutura nem formas está grudado em nosso cotidiano? Será que é para sabermos que temos fraquezas que geram um tipo de limitação ou simplesmente pelo fato de que a vida gosta de pregar peças através dessa misteriosa palavra?
   Às vezes eu tento achar uma conclusão para esse sentimento. Encontrar o nascimento e os motivos que levam as pessoas terem medo. O medo é algo tão abstrato, é algo que, muitas vezes, muda a cabeça e a trajetória das pessoas.
   Eu tenho muitos medos. Um deles é o fato de envelhecer. Um processo normal no ciclo da vida, mas mesmo assim tenho medo. Não sei se é pelo fato de envelhecer fisicamente ou perceber  que parte da minha vida passou e o que pode restar são arrependimento do que não fiz - só sei que aos meus 17 anos já me preocupo com o relógio da vida, e já me cuido para que o meu envelhecimento aconteça da melhor forma possível.
   Outro medo que está presente na minha vida, é o de ter que sair da minha casa para ir à algum lugar. Não sei se isso é comum ou uma fase, não sei se isso acontece por ficar mais tempo em casa do que na "rua", ou por saber que o mundo não é mais o mesmo e a qualquer momento a minha vida pode mudar. E o pior é que esse medo gera outro medo. Às vezes fico pensado se isso já não é alguma doença psicológica. Quando eu trabalhava e tinha que sair praticamente todos os dias esse medo já existia, mas não era tão forte como é hoje. Mas esse medo - ou doença-  não me impede de ir aos lugares.Toda vez que tenho que sair do meu porto seguro, tento ocupar a minha mente o máximo que posso, para não pensar nesse assunto e muitas vezes consigo.
   Todos nós sentimos medo e isso não é vergonha pra ninguém, pelo contrário, esse mostro que vive  em nossas cabeças demostra que sempre precisamos ter coragem. Não para enfrentá-lo, porque é preciso muito mais do que coragem para isso, e sim para contorná-lo e aprendermos  a viver com ele.

domingo, 15 de abril de 2012

Infelizmente ou felizmente

Esses dias eu recebi uma crítica negativa, por parte da minha irmã, sobre um texto que eu publiquei (Os vizinhos). Na hora eu nem dei muita atenção porque criei o blog para falar o que eu penso e acho, e para dar a MINHA verdade sobre os assuntos. Mas a vida é cheia de surpresas e ela me demostrou isso. Ontem mesmo aconteceu algo que mudou um pouco a minha opinião sobre algumas pessoas que comentei aqui.
Ontem aconteceu o casamento da minha irmã - logo logo esses momentos ganharam um texto - e infelizmente ou felizmente  eu tive que ir para chácara (aonde aconteceu a festa) com os vizinhos que moram  ao apartamento ao lado, os mesmo que eu disse que eram metidos, alguns arrogantes - mais esse "arrogantes" foi pro filho deles que continua sendo - e sem o mínimo senso de humor. Os minutos que eu passei com eles no carro mudaram a minha opinião. São pessoas generosas, humildes e sim , tem senso de humor- mas eu ainda não gosto do show particular que eles fazem.
Outra pessoa que eu mencionei foi a vizinha que vem todos os dias na minha casa. Muitas das coisas que eu mencionei são verdades, mas outras eu reconheço que exagerei. E além disso eu não mencionei a pessoa boa que ela é.  
Eu até pensei em apagar aquele texto, mas eu não estaria sendo sincero nem comigo e nem com o meu blog. Como disse, eu decidi fazer esse espaço para colocar a MINHA verdade, mas isso não me impede de reconhecer quando a MINHA verdade, não é A verdade.
O que estou querendo dizer é que sempre erramos e devemos reconhecer isso. Somos humanos portanto não somos perfeitos, mas reconhecer um erro não basta, devemos demostrar o nosso arrependimento da mesma forma que fizemos o erro.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

As dez melhores séries ( na minha opinião)

As 10 melhores séries (na minha opinião)

        Pra falar a verdade nem eu sei porque decidi fazer um top 10,mas achei interessante a ideia e por isso escolhi as dez melhores séries (na minha opinião).Os argumentos que eu usei, não tem nada a ver com audiência, produção ou  direção. Essa lista  está mais voltada  para as séries que eu mais gosto ou que marcaram uma determinada época da minha vida.


10° lugar: Divisão criminal

  O que eu mais gosto em séries policias é o mistério que cada episódio traz. Eu praticamente participo das investigações e muitas vezes acerto o culpado do crime. A protagonista da série e a investigadora Brenda Leigh Johnson. Uma mulher determinada, muito profissional e dedicada, com  algumas manias, como ser viciada em doces.






9º lugar: Cold case ( Arquivo morto)

  Outra série policial fantástica. Só que o diferencial dessa, e que eles desvendam crimes que aconteceram há anos atrás. O primeiro episódio que eu assisti, eles desvendaram um crime que aconteceu uns 20 anos atrás - eu acho. O mais legal é a música que toca no final de cada episódio , representando o desfecho daquela história.


8° lugar: The Mentalist

Se um dia eu tiver a metade da inteligência e perspicácia  do Patrick Jane, o protagonista da série, vou ser a pessoas mais feliz do mundo. Eu nunca vi um cara tão detalhista. Ele consegue de alguma forma miraculosa  entender as mais mínimas questões da vida.











7° lugar The big bang theory

    Essa série é muito legal. Embora eu não entenda algumas coisas que  eles falam, principalmente o Leonard, gosto desse tipo de humor. Acho The Big Bang Theory, uma das melhores séries de comédia da atualidade.







6 ° lugar: Saturday Night Live


  Eu sei que o SNL está mais para um programa do que uma série, mas mesmo assim vou inseri-lo nesse top 10. Eu assisti um programa (ou episódio) e já viciei. Todos os sábados 1:00 da madrugada, lá estou eu, assistindo o SNL no canal 49 Sony. Até durmo mais feliz depois de assistir o Programa (ou serie).








5º lugar: Adorável Psicose

  Só pelo título já da vontade de assistir. O que mais me atrai na série é a Protagonista, Natalia Klein (atriz roteirista e blogueira). Ela literalmente é psicótica.Os mínimos detalhes da sua vida, são expostos na série, de uma forma totalmente vista de ângulos diferentes. O primeiro episódio que eu assisti foi da depiladora alemã, 2° temporada. Desde então me tornei um Psicótico pela série.





4º lugar: Xena, a princesa guerreira 

  Eu me amarro em Mitologia Grega e histórias de ação, então não há melhor série para representar esses elementos. Eu assisti todos os 134 episódios, cada qual com sua conclusão. Até me lembro que chorei no penúltimo episódio da 4º temporada, em que Xena (Lucy Lawless) e Gabrielle ( Rénner ´O Connor) morrem crucificadas - Vai, e triste esse episódio. 







3º lugar: Friends

 Tai  uma série que deveria ser eterna. É impossível existir alguém que nunca tenha assistido Friends pelo menos uma vez na vida.  10° temporadas não foi o suficiente  para uma das melhores séries que já existiu. Um dos meus sonhos era um dia, visitar a cafeteria Central  Perk






2º lugar: The walking dead 

  Tudo que tiver zumbis, destruição, mortes e uma boa história, vale a pena assistir. The walking dead tem tudo isso e mais um pouco. A cada episódio que assisto ( ainda estou assistindo a 2° temporada) só penso em como será o próximo. Esta série prende á atenção do telespectador de uma maneira. E praticamente te obriga a saber como será o desfecho da história.



 1º lugar: Chaves

  Quem nunca assistiu chaves? Se existir essa pessoa, por favor preciso te conhecer.Uma série que está no ar uns vinte e cinco, trinta anos , que todos os episódios já terem sido repisados umas 78444517 vezes e que tem um humor simples, saudável e ingenuo e mesmo assim consegue arrancar risadas das pessoas como se fosse algo inédito, na minha opinião, deve ter o título de melhor série que já  existiu ( na minha opinião)  













quarta-feira, 11 de abril de 2012

Poderia ter sido pior

    Como seria a vida das pessoas sem algo que elas julgam ser importante? Antes eu queria explicar o motivo que me levou a essa pergunta e logo em seguida dar a minha simples e humilde resposta.
    Esses dias eu estava pensando, em qual seria o próximo tema do meu blog. Eu estava sentado de frente ao computador -sem usa-lo. - O meu celular, que está quebrado, estava ao lado de uma das caixinhas de som. Ao vê-lo eu fiquei com raiva, irritado e chateado, porque eu gastei quase um mês de salário - quando estava trabalhando - para comprá-lo, ele estava com crédito e porque não fui eu que o quebrei. Mas do nada eu pensei "Poderia ter sido pior", e rapidamente olhei para o meu computador. Se fosse  o meu computador que estivesse quebrado eu já teria surtado. Quando eu cheguei a esse ponto, eu imaginei como seria a minha vida sem aquele magnífico instrumento de comunicação, informação e diversão. Os primeiros dois minutos desse devaneio já me mostraram que a minha vida seria monótona e com bem menos praticidade. Um exemplo  explicativo é que a cada dez mensagens que eu recebo, oito são por Email e redes sociais - as outras duas mensagens são pelo celular, sendo que uma e dá operadora.
    Agora que eu expliquei o caminho que me levou a essa questão, vou dar a minha simples e humilde resposta. Como seria a vida das pessoas sem algo que elas julgam ser importante? Resposta: Não sei. Realmente não sei. Cada um pensa e reage  de formas diferentes em determinadas situações. No meu caso eu percebi que sem o meu computador, a minha vida seria muito mais difícil - mas eu sobreviveria -, mas sei que as pessoas são diferentes portanto elas podem tomar decisões diversas em suas situações particulares.
    Agora eu posso confirmar com toda a convicção um pensamento.Sempre devemos  dar valor a todos e a tudo que achamos ser importante. Porque a qualquer momento podemos perde-los.
    Pra quem ficou curioso, ou não, quem quebrou o meu celular foi o meu cunhado - que no momento estou com vontade de matá-lo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Os vizinhos

    Tenho certeza que todo mundo tem pelo menos um vizinho chato.Então agradeça a deus por isso, porque eu tenho vários. No máximo do máximo uns 2% dos meus vizinhos são legais (e mesmo assim eu mal  falo com eles.)
 Eu tenho uma vizinha (eu gosto dela, já ajudou muito a minha família, mas isso não me impede de falar a verdade) que vem aqui em casa todos os dias e assim que chega, ou fala do tempo, que sua casa estar muito abafada ou que quer tomar um cafezinho fresco. 80% do que ela fala é fofoca (e diz que não cuida da vida de ninguém), 10% é assuntos populares como assassinatos, roubos e acidentes, e  só 10% é da sua vida. Também  tem o mal habito de falar indiretas (eu acho que ela se sente bem colocando sua opinião sobre mim), mas eu nem ligo.
Também têm os vizinhos que moram no apartamento ao lado.O que mais me incomodam neles, não é o fato de serem metidos, alguns arrogantes e não terem  o mínimo de senso de humor, e sim  quando fazem um show particular. Eles tem um karaokê e de vez em quando "soltam a voz" (se eu pudesse eu prenderia ela por violação da paz auditiva).
Quem gosta de barracos, acharia aqui o paraíso, uma explicação para isso é a minha vizinha  que mora dois andares acima. Pelo menos uma vez na semana ela e o marido brigam loucamente (até acho que rola porrada no meio).Alguns palavrões eu nem sabia que existiam, e só descobri graças a eles. Outro exemplo é que cada cinco minutos eu escuto alguém gritar "Eu vou te matar", "Some da minha vida", "vai tomar no cu, você não presta" e por assim vai.
Há não posso deixar de mencionar a "privada" ( um apelido que minha mãe colocou, numa mulher baixinha, carrancuda e gorda  que mastiga com a boca aberta). A vida dessa mulher é ficar na janela espiando a vida dos outros. Tenho certeza que se perguntarem pra ela quem foi a primeira pessoa a sair e a última ela sabe (e ainda da detalhes, como que horas eram, que roupa estava usando, qual a cor do sapato...)
Mas viver com esse e outros vizinhos tem o seu lado bom, porque quando eu mudar da minha casa, a primeira coisa que eu vou querer conhecer não é a estrutura da casa  e sim a vida e comportamentos dos futuros vizinhos.

sábado, 7 de abril de 2012

Cada um por si e Deus por todos

 
   Hoje em dia virou uma verdadeira guerra usar o transporte público.Esse conflito é  mais tenso de manhã, por causa da massa de trabalhadores e estudantes e de tarde para noite por causa dos mesmo.Feliz daquele que tem um carro, mesmo com o trânsito infernal nada se compara a ônibus metro e trem lotado.
   Uma vez eu ouvi uma senhora dizer para uma moça (que tinha sido arremessada para dentro do vagão do trem) a seguinte frase:" Aqui minha filha é assim, cada um por si e deus por todos".Escutando essa frase eu pensei:"A que ponto nós chegamos?"Porque eu não culpo ninguém (além do governo, é claro) dessa mega, ultra super lotação do transporte público, as pessoas precisam chegar aos seus destinos, mas eu jamais iria fazer do transporte público (que é coletivo) essa bagunça e violência que é hoje.
   Outra coisa que me deixa surpreso (mas eu já participei) é quando chega o trem ou metro com os vagões vasinhos, mas as plataformas lotadas, e as portas se abrem, permitindo a caçada  pelos bancos vazios.Não importa quem esteja na  frente, dos lados ou atrás, as pessoas saem empurrado (alguns dão até uns coices) e que se dane  todo mundo.Essas cenas me fazem imaginar como será o fim do mundo porque se as pessoas, praticamente, lutam por bancos vazios, como será na época em que possa não haver comida ou água?
   Uma vez eu pedi para morrer, por causa do trem.Vou tentar relatar, com os mínimos detalhes para deixar claro o motivo desse pensamento.Eu , um colega, e uma amiga estávamos indo para o curso, que era de manhã, nós já estávamos atrasados e quando chegamos na estação ouvimos a desgraça do dia, a linha do trem  estava com problemas, por isso os trens estavam com a velocidade reduzida.Gastamos uns quinze minutos na fila, para chegarmos na plataforma e quando chegamos ela estava lotada, melhor, transbordando de pessoas.Até conseguirmos entrar num vagão, gastamos mais uns quinze, vinte minutos (dentro desse tempo eu fui empurrado,pisado,puxado e arranhado).Quando nós finalmente entramos no vagão, ele estava muito muito mais muito apertado,se fosse colocar mais uma pessoa ela caberia apenas no teto. Não dava nem pra se mexer  (E é por causa disso que até hoje eu não sei se alguém estava passando a mão em mim ou por que realmente não dava pra se mexer).Pra fechar com chave de ouro o meu sofrimento, um senhor que estava na minha frente estava com um odor diferente, algo parecido com suor, misturado com perfume, misturado com roupa suja, misturado com pinga, e com algumas pitadas de chulé. Eu pedi a viagem toda que esse imundo descesse  na próxima estação mais parece que ele  leu os meus pensamentos e só de raiva desceu na última estação, a mesma que a minha.Agora isso não me deu razão de pensar na morte?

quinta-feira, 5 de abril de 2012

"Maravilhosas" reuniões

   Nossa, as melhores lembranças da minha vida estão naquelas "reuniões familiares". São momentos tão especias pra mim, momentos de.... o que eu estou falando? Reuniões familiares são uma droga, são momentos desagradáveis e constrangedores. Muitas dessas "maravilhosas" reuniões,são inevitáveis quase como se fosse obrigação ir e quando eu não vou fico imaginando que o assunto principal sou eu.
   Sabe quando você chega num lugar e conta os minutos pra sair? Sabe quando você olha ao seu redor e pensa "o que eu fiz pra merecer isso?" Sabe quando você sente vontade de beber até cair? -só assim pra suportar meus parentes -, então é exatamente assim que eu me sinto nesses momentos.Não é que eu não goste dos meus familiares - se bem que 50% deles, eu não goste mesmo -, mas  é que eu não gosto desses encontros. Eu não sei se isso acontece pelo fato de eu ser meio individualista ou por que metade dos meus parentes são falsos e hipócritas, que querem sempre ser os ricões e poderosos, mas na verdade são um bando de lascados.
    Eu tenho uma prima - espero que ela não leia isso mas se lê não estou nem aí - que acha que é a"Gostosona do bairro". Tenho certeza que ela pensa que é um privilégio uma pessoa ser cumprimentada por ela. Imaginem uma pessoa que quer ser sempre os centros das atenções e que fala fala e fala o tempo todo. Minha prima consegue ser muito pior. Não que eu  concorde, mais eu penso que se a pessoa quer se "achar", ela no mínimo tem que ser bonita, e garanto, essa minha prima não é.
    "Nossa Nyell como você tá grande". Eu sempre escuto essa frase de alguém nessas reuniões e eu não sei se é por que eu realmente estou grande, ou por que não encontram outro assunto para falarem comigo.Também tem aquelas malditas "olhadas', quando um parente de olha dos pés a cabeça, te analisando, tentando achar os mínimos defeitos, pra depois poder falar mal, da sua roupa ou do seu cabelo...
    Mas o pior é quando eu escuto dizer pra mim "Nossa que saudade que eu estava de você". Serio, na boa, se realmente estava com tanta saudade por que nunca me ligou? Por que nunca mandou uma simples mensagem perguntando "Ta vivo infeliz?". Às vezes esse parente mora uns vinte e cinco minutos da minha casa, mas nunca vem me ver - mas prefiro que não venha mesmo.
   Eu amo a minha família - 50% dela - e adoro passar momentos com eles, mas quando "toda" a família -os outros 50%- estar reunida acho muito mais confortável ir num hospício do que ir nessa reunião.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Malditas, miseráveis e ordinárias

        Malditas espinhas.É exatamente assim que eu chamo essas pragas que, na minha opinião,é um dos maiores problemas que alguém pode ter. Se eu tivesse que castigar alguém, criaria uma fórmula  para nascerem espinhas nessa pessoa. E o que mais me irrita é quando você vai dormir, sabendo que no outro dia você tem algo importante para fazer, e quando acorda uma maldita, miserável e ordinária espinha surgiu bem no seu rosto.
Uma vez na escola, a minha professora  me disse que NUNCA teve espinhas. Como isso é possível ? Nunca ter dito um mísera espinha ou cravo? No mínimo essa mulher veio de outro mundo, ou ela é uma pessoa muito má, me viu, percebeu que eu tinha espinhas e quis me humilhar, pisar e me fazer se sentir um nada.
Hoje em dia eu não tenho tantas espinhas, por isso elas não me incomodam tanto, mas teve uma época da minha vida (uns 3 anos atrás) que o meu rosto parecia um ralador. Algumas da malditas espinhas eu achava que tinha  vida própria. Na época meu vizinho me chamava de "Chokito". Na hora eu dava um sorriso colgate e mudava de assunto, mas por dentro eu xingava - eu acho que é com x essa palavra - até a tataravó dele, e desejava que ele tivesse as mortes mais dolorosas que existem.
Outra lembrança desagradável, foi quando uma garota - caolha, que usava óculos pra disfarçar sua imperfeição - que estudava na minha sala, olhou pra mim e disse:" O que é isso no seu rosto?". Meu vai tomar no cu, sua filha da puta - eu não gosto de falar palavrões mas para tudo existe uma exceção.- qualquer um sabe   o que é uma espinha, mesmo ela parecendo uma bolha ou um furunco. Pra que perguntar? Seria muito mais fácil ela simplesmente falar: "nossa você  ta lotado de espinhas". 
Foram muitos momentos difíceis que eu passei, por causa dessas malditas espinhas. Se eu fosse contar todos eles, eu ficaria aqui até amanhã, por isso prefiro dizer o que  aprendi desses momentos. Eu sei que é muito mais fácil ver o lado bom de um problema quando você já o resolveu, mas quem sabe eu não possa ajudar alguém.
Espinhas são malditas, miseráveis e ordinárias. Tenho certeza que quem têm, teve ou terá provavelmente passa, passou ou passará por situações constrangedoras, mas garanto que não adianta nada ficar com raiva ou pior, se sentir inferior por causa delas. E a maior dica que eu possa dar, essa fase de espinhas e cravos passa (se não passar vá ao dermatologista, como eu fiz).

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Até o Funk

   Com todo respeito, mas eu odeio Funk. Sério mesmo, eu odeio,odeio e odeio Funk,e o que eu não entendo é como uma  música desse gênero, que só fala de sexo, violência e drogas, e que muitas das letras, tem no máximo cinco palavras, pode ter um público tão "fiel".E toda vez que eu penso nisso uma pergunta surgi na minha cabeça; Será que eles escutam esse tipo de música porque realmente gostam ou por que o Funk virou uma espécie de modinha, que se você não seguir, você não se encaixa em um seleto grupo?A resposta eu não sei e também não quero saber, porque decidi escrever esse texto para falar de gostos musicais e não para dar a minha opinião sobre o Funk - se bem que já deixei claro, o meu pensamento sobre esse estilo.
    Hoje em dia o que mais existe são estilos musicais. Muitos nascem de um que já existia, só que com uma sonoridade diferente.Um exemplo é o sertanejo universitário - só pra deixar claro eu não curto sertanejo universitário.-Mas o que faz as pessoas gostarem de uma música, ou um estilo musical? No meu caso uma música, me chama atenção, muitas vezes, pela batida, outras pelo refrão e arranjos e assim vai. Já os estilos musicais, os que eu mais gosto, são Black, Pop, R&B e o Gospel - mas não sou evangélico e sim católico não praticante.-Eu determinei que gosto desses gêneros musicais, porque são às musicas com esse estilo que eu mais escuto, mais isso não significa que eu não possa gostar de músicas que sejam de outros estilos musicais. Agora pouco mesmo eu escrevi que não curto Sertanejo universitário, e realmente não curto, mas isso não me impede de gostar de algumas músicas desse estilo. Até o Funk, que odeio, têm algumas músicas que eu gosto - uma ou duas no máximo.
    A questão que eu quero chegar é a seguinte; gosto não se discuti, principalmente por música. Em quesito musical todos nós somos juízes, portanto temos o poder de dar a nossa sentença a cada música que ouvimos,mas jamais devemos julgar o que o outro determinou. Até o Funk, que odeio, eu jamais vou julgar as pessoas que gostam dessa música ,  determinar o que elas devem escutar, ou pior ainda, dizer que elas estão erradas sobre esse gosto. Eu prefiro pensar que elas decidiram gostar desse estilo musical por motivos diversos e particulares.