terça-feira, 18 de março de 2014

O que não te mata te fortalece?

 

   Eu acredito que todos vocês já ouviram a seguinte frase: " O que não te mata te fortalece." Acredito também que todos conhecem o sentido da mesma. Mas mesmo assim vou colocar a minha opinião sobre o sentido da afirmação. O que não te mata te fortalece, que dizer, em outras palavras, que se você sobreviveu a algo ruim, seja uma doença, um rompimento amoroso, uma desilusão, ou qualquer outro problema pessoal, você se tornou mais forte, mais resistente a novos empecilhos e, essa nova energia só foi gerada porque enquanto você sofria pelo problema, uma força inexplicável surgira te fortalecendo.
   Mas eu não concordo completamente com esse ditado popular. Sim, é fato imutável que quando resistimos a certas provações que o destino adora pregar em nossos caminhos se tornamos mais fortes. Mas nem sempre é assim. Às vezes sobrevivemos simplesmente por sobreviver, não porque fomos fortes e sim porque não fomos tão fracos. Também, muitas vezes, quando passamos por certas dificuldades, por mais que elas tenham sido superadas, vestígios  foram deixados, deixando cicatrizes que irão latejar e isso, pra mim, não é se tornar mais forte.
   Quantas vezes vocês sofreram por algo? Deduzo que algumas vezes. Quantas vezes vocês superaram os seus óbices? Também deduzo que algumas vezes. Agora, quando vocês venceram os "monstros" vocês ficaram ilesos e se tornaram mais fortes? Deletaram por completo o problema? E quando vocês travavam a luta, vocês foram ferozmente fortes? Tiveram fôlego e energia suficiente para derrubar a questão? Eu acho que não.
   O que estou querendo explicar com tudo isso, é que todos nós temos que enfrentar dificuldades em nossos caminhos e geralmente iremos superá-las. Mas isso não quer dizer que depois de vencermos se fortaleceremos, que estaremos preparados para novos rounds. Aguentamos a peleja simplesmente porque não tivemos escolhas e não porque fomos fortes.
   O que não te mata te fortalece? Às vezes, às vezes.
 

quarta-feira, 5 de março de 2014

As 7 etapas NSS




   Tenho certeza que você, pelo menos uma vez na vida, já foi convidado por um amigo para ir em uma festa ou balada e chegando lá você não conhece ninguém. Absolutamente ninguém. E o pior é que esse "amigo" te abandona. Você pode ficar desesperado, chorar, ir embora ou tentar fazer esse momento o mais descontraído possível - se for possível. - Por isso segue  abaixo as  7 etapas NSS ( Nenhum Sinal de Solidão).

Etapa 1

   Nessas ocasiões o principal é o manter o controle. Pode perceber que nesses momentos, começamos a agir estranhamente. Não sabemos para onde olhar, o que fazer, como fazer. Por isso é muito importante manter o controle e domínio mental. Para não demostrar insegurança não fique encostado nas paredes,  pois representará  rejeição. E nem  no centro da festa, pois será alvo da temida "atenção". Escolha lugares com visibilidade limitada sobre você.
   Outra questão são as  mãos. Elas ficam  pesadas e incomodas. Todos os movimentos feitos com elas parece algo desequilibrado. E se você não tem Mal de Parkinson isso não deveria está acontecendo. Por isso, mantenha seus dedos ocupados com uma bebida por exemplo. Se você der um gole a cada trinta segundos, se passarão no mínimo nove minutos com o mesmo copo. Outra dica e não cruzar os braços nem colocar as mãos  nos bolsos. Uma até pode dar um charme, mais as duas representará tédio, algo que você não pode demostrar. O celular nas mãos também pode ajudar. Vai parecer que você está esperando um ligação. Mas não fique fuçando o Twitter ou Facebook. Você está em uma festa e mesmo que esteja um porre, demostre interesse pelo lugar.


Etapa 2

   Nunca dance. Dançar é um jogo de sorte e azar. Você pode ter a sorte de ganhar destaque e prestígio dos demais, ou o azar de perder o respeito. Dançar sozinho é uma péssima ideia. Imagine quando a vontade passar. Qual vai ser o próximo passo? Todo mundo vai está olhando - mas não significa que sejam olhares de aprovação - e o que fazer? Quando há amigos nessas circunstâncias,eles proporcionam um ambiente de segurança. Mas não é o caso. Eles não estão nesta festa. Está apenas o maldito que diz ser seu amigo, mas que te abandonou sozinho no lugar. Então não dance. Uns passinhos bem de leves, podem ajudar, mas faça isso sem sair do lugar.


Etapa 3

 Observar o terreno é crucial. É por aí que você saberá como é a festa e as pessoas. Aonde estão os grupos dos metidos, das patricinhas, dos dançarinos, dos cachaceiros e dos normais - se bem que não há pessoas normais no mundo. - Não fique como uma coruja, olhando o local com os olhos arregalados e fixos. Faça essa observação cuidadosamente. Olhe para os lados, como se não estivesse procurando ninguém. Se quiser, até dê olhadas distraídas. Faça um mapa mental do perímetro. A partir das informações que obtiver, você estará pronto para a seguinte.


Etapa 4

    A etapa 4 se baseia em conhecer alguém. Sem segundas intenções, mas vai da consciência de cada um. Eu só não acho prudente paquerar, pois você estará sozinho no lugar e com certeza a outra pessoa vai perceber a sua solidão, a não ser que haja pessoas nas mesmas condições que você, - o que é bem provável. - Se você for muito tímido, pense que nunca mais verá essas pessoas novamente. A não ser que sejam interessantes. Por isso se o alvo te achar um idiota, essa impressão ficará apenas para vocês dois.
Tente fazer o laço o mais natural possível. Não mostre carência ou desespero. Sutilmente vá até a pessoa, espere alguns segundos e comece a conversar. O recomendado e falar da festa, em seguida da vida pessoal e depois de assuntos populares. Se você for bonito ajuda. Tente ser simpático e prestativo. Não perca o foco da conversa, mas continue a observar o ambiente. Nunca se sabe a instabilidade do terreno.


Etapa 5

   Vá ao banheiro, mesmo que você não esteja com vontade. É nesse lugar, usado para eliminar as necessidade fisiológicas e para pichações pornográficas, que você poderá detalhar a sua situação. Analise como está a sua conversa com o recém conhecido. Se estiver fluindo bem, pense em novos assuntos e volte para comentá-los. Se julgar que a pessoa está apenas sendo educada e que te acha um imbecil ou o contrário, é você que está sendo educado e que o acha um imbecil, fique distante dessa pessoa e tente conhecer outra. Caso você não teve a capacidade de conhecer ninguém até agora, então desista, porque você é um incompetente idiota  - brincadeira. - Continue tentado. Lembre-se, você não irá rever essas pessoas. O aconselhável  é ir ao banheiro no máximo três vezes. Se não começaram a pensar que você tem algum problema.


Etapa 6

   Depois de um tempo - tempo suficiente para conhecer algum individuo- está na hora de ir atrás do seu maldito amigo. Convide a pessoa ou as pessoas que você conheceu para te acompanharem. Isso demostrará  ao maldito que você teve capacidade para fazer novas amizades e que não precisou da ajuda dele. Caso você não tenha conhecido ninguém , crie uma historia. Diga que se divertiu muito e que conheceu várias pessoas - depois faça uma auto- análise e descubra o que há de errado em você, seu animal.


Etapa 7

   Se você seguiu rigorosamente as outras 6 etapas com êxito, terão se passado pelo menos umas duas horas. O recomendado é ficar no mínimo uma hora e meia. Esse tempo é suficiente  para demostrar que você curtiu a festa -  mesmo se tenha sido um martírio. - Então está na hora de vazar - a não ser que você, de fato, começou a curtir a festa. - Mas para não restar dúvidas sobre o motivo de estar indo embora, invente desculpas. Finja que você queria ficar mais tempo e fale que está com dor de cabeça ou que irá acordar cedo no outro dia. Se despeça das pessoas com um sorriso falso, pegue o contato das pessoas que conheceu -se quiser - e vaze do campo de guerra.