sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Rapidinhas do Pós-adolescente: Na cadeira dos réus


E lá estava eu, tremendo, quase chorando, sentado na cadeira dos réus, no banco da morte.
A carrasca, muito parecida com a Tempestade dos X-Mens, por ser morena e ter os cabelos tingidos de branco, já estava com suas armas preparadas e a mais perigosa e afiada já em suas mãos.
" Ok Niel, Ok Niel, fique tranquilo. Seja forte, seja forte..." pensei, em meio aos meus últimos suspiros de glória.
E sem piedade, sem clemência e sem anistia e com pura frieza, rapidez e brutalidade a cabeleireira, parecida com a Tempestade, cortou os meus cabelos.
No fim, depois do ato consumado, constatei alguns fatos:
Eu nunca vou gostar  do meu cabelo extremamente curto.
Eu odeio o meu cabelo curto.
Dessa vez não chorei... quer dizer, quase não chorei.
Eu nunca vou gostar do meu cabelo extremamente curto.
Se alma tem cabelo, a minha cabeleira interna deve ser muito parecida com a do Kurt Cobain ou do Jared Leto e por isso eu tenho essa resistência em cortar o meu cabelo externo.
E eu nunca vou gostar do meu cabelo extremamente curto.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Olhou eu penso



Quando alguém fica me olhando constantemente eu penso:

1) " Droga, meu nariz deve está sujo "
2) " Tá me olhando porque achou meu cabelo escroto "
3) " Com certeza os meus olhos devem estar afundados em remela "
4) " Quer me agourar e para isso precisa me olhar fixamente" obrigado J.K.Rowling por me ensinar isso.
5) " Merda, será que vou ser roubado? "
6) " Não, eu não vendo drogas "
7) " E não, eu também não sou virgem "



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Dicas do Pós-adolescente: Como um pobre deve gastar o seu dinheiro



Pobre tem uma mania muito curiosa de gastar o seu salário. Ao invés de usarem o suado e árduo pagamento para coisas relevantes e necessárias, preferem usufruir de uma falsa realidade comprando roupas caras, sapatos e tênis de marcas renomadas e celulares de última geração. Não importa se o telhado da casa ta caindo ou que no almoço terá apenas arroz e ovo. Pra eles, indo no shopping toda semana, tentando pagar de riquinho já é o suficiente. E antes que falem que eu estou sendo preconceituoso, saibam que eu também faço parte da classe de baixa renda. Mas ao contrário da maioria, eu não sou fútil e superficial assim... pelo menos não tanto.
Por isso, darei dicas de como você, pobre que gosta de andar de Nike mas que usa meia rasgada, poderá gastar corretamente o seu dinheiro.



Você pode ir no dentista e fazer um tratamento completo.





Você pode pagar aulas para uma professora de português com o proposito de te explicar que não se fala "probrema" ou "truxe".





Você pode comprar copos para não ter mais que usar os potes de requeijão.





Você pode comprar um chuveiro novo e assim voltar a tomar banhos quentes. Se bem que se você mora em São Paulo não adiantará nada porque aqui não tem água.






Você pode pagar uma tv por assinatura e assim cortar os gatos e gambiarras que fez para usar a do vizinho. 





Você pode mobiliar a sua casa e jogar os moveis velhos e antigos que passaram de geração por geração.








quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A montanha


Eu realmente amo escrever. É prazeroso ouvir o barulho do teclado enquanto estou digitando, mesmo que em um Notebook já ultrapassado e que já demostre os problemas da idade - não morra ainda, por favor.
Mas mesmo assim essa paixão, que sinto tanto tesão, às vezes é derrotada por uma familiar preguiça. Preguiça que se alia a inercia e ao desanimo. Aliás, se eu estou sumido daqui por tanto tempo é por causa dessa desgraçada - e por uma ótima viagem que fiz há pouco tempo. - Então, se há algum culpado nessa história e ela, essa preguiça, essa irmã que carrego comigo constantemente. E ela é ardilosa, muito ardilosa. Quantas vezes não estava disposto, preparado, certo que faria e me dedicaria a algo o máximo que pudesse e distrações são postas na minha frente. Agora mesmo, já parei uma duas vezes de escrever para olhar o meu Facebook.
Se eu conseguisse, pelo menos um pouco, só um pouco, diminuir essa preguiça, com certeza eu faria muito mais coisas. Eu trabalharia mais, estudaria mais, leria mais, namoraria mais - nesse caso não, porque com ou sem preguiça nunca namorei -, sairia mais, malharia mais.
E de certa forma não posso culpar ninguém. Eu que criei essa praga. Ou não. Talvez seja uma doença patológica. Mas o fato é que só depende de mim escalar essa montanha, entre mim e a disposição.
As aulas da faculdade começarão  na semana que vem, comecei a escrever um novo livro, alguns amigos e eu estamos com um projeto para a web - aguardem, que se tudo der certo, eu postarem aqui as novidades - e preciso arrumar um emprego, principalmente para poder pagar um novo Notebook - não morra ainda, por favor. - Sei que se eu quiser, realmente quiser, eu consigo fazer tudo isso e muito mais. Mas para todas essas tarefas, eu preciso pedir o divorcio da minha fiel companheira. Estou disposto, plenamente disposto, a me separar, ou pelo menos me distanciar, da minha preguiça. E acho tenho certeza que posso conseguir isso - olhei mais uma vez o Face, mas juro que será a última até terminar esse texto.
A vida não é fácil, a menos que você nasça rico, bonito e inteligente. Infelizmente só nasci, que dizer, adquirir a última qualidade. Mas se você se empenhar de verdade a seus objetivos haverá mais chances deles se concretizarem. Eu acredito na lei do retorno. Então, se eu viver no sedentarismo da vida vou receber o que a inatividade trás, nada. Agora, se eu fizer um esforço, quem sabe a minha recompensa não será melhor.



Kid Abelha - Eu tive um sonho


Ps: Eu sei, a música não tem nada a ver com o texto. Mas Kid Abelha é foda então...