sexta-feira, 8 de junho de 2012

Espelhos, contos e histórias

     Eu gostaria que existisse espelhos da verdade. Espelhos que não refletisse, simplesmente, o que está na sua frente, mas que mostrasse sua consistência. Revelasse, com mínimos detalhes, o que está além da imagem desenhada na sua face. Não estou falando do espelho da bruxa má da história da branca de neve. Estou falando de algo mais sólido, denso e palpável.
       Também seria compensador ter espelhos que pudessem armazenar pensamentos. Tipo a Penseira do diretor de magia e bruxaria de Hogwarts, Alvo Dumbledore, da saga Harry Potter. Mas na história a Penseira é como se fosse uma bacia de pedra e não um espelho. Tudo que quiséssemos esquecer, mesmo que por poucos instantes, ou  todo pensamento que gostaríamos olhar mais ampliado, seria possível. Tenho absoluta certeza, que questões simples da nossa vida, poderia ser facilmente esclarecidas. Não falam que olhar um problema de fora é mais fácil para  resolve-lo?  Então, se pudéssemos  olhar os nossos próprios problemas de fora, também seria.
   Às vezes, fico com receio  desses quadros cristalinos. Não por não gostar  do que vejo quando os estou encarando, e sim, por não conseguir enxergar, além  do desenho refletido. Por vê apenas a capa do meu livro e não o meu conteúdo. Eu tenho meus próprios preceitos e convicções, mas gostaria de poder vê-los olho no olho, de detalhar suas formas e curvas. A partir do meu julgamento poderia determinar se continuaria ou não a conviver com eles.
  Mas  esse desejo é tão possível quanto acontecer um apocalipse zumbi, como na série The Walking Dead ( recomendo a todos os que gostam desse tipo de história, à assistirem  essa série) .Por isso tento esquecer o ressentimento que sinto em relação aos espelhos e apenas observo a bela imagem que eles me mostram, quando os estou olhando. ( Tá, eu sei que mentir é feio, mas meu nariz não vai crescer por causa disso).                                                               

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