quinta-feira, 17 de maio de 2012

Um simples flash

 Um hábito que adero, quando quero reviver meu passado, quero dizer, parte do meu passado, é olhar e reolhar as minhas fotos. Essas verdadeiras obras de artes , me trazem um pouco daquilo que senti, quando os mesmo ganharam vidas. Às vezes dedico um tempo para elas, tempo que percebo quem fui e quem sou agora.
  As fotografias têm como base registrar o que pode apenas ficar na lembrança. Ela rouba e guarda fragmentos da imagem à sua frente. E toda vez que a olhamos, ela devolve um pouco do que foi nos tirado. Além disso, ela pode se tornar uma grande aliada ao nosso passado. Não que eu concorde que devemos viver do passado. Pelo contrário. É o presente e o futuro que devem ser analisados. Mas não devemos deletar completamente o que passou e o que fomos. Mesmo que se na nossa trilha do tempo houve erros e deslizes. É através deles que saberemos fazer a lição de casa.
   Às vezes vivemos momentos únicos , que serão guardados para sempre em nossas lembranças, mas as fotografias reforçam as estruturas desses momentos. Claro que têm fotos que não nos orgulhamos. Que guardamos a sete, oito, nove chaves .Nem o photoshop mais tecnológico pode mudar. Sabe aquela foto que quando olhamos nos perguntamos: "O que eu tinha na cabeça?", " Esse ser sou eu?", " Essa boca de caçapa é a minha?" Pois bem eu tenho algumas. 90 % delas são quando eu tinha de 10 a 15 anos. Mas até esses quadros de puro terror tem sua relevância. As minhas, reforçam a ideia de que já fui muito mais estranho do que sou hoje. E que mudei para melhor. Muito melhor.
  Devemos registrar em capítulos a nossa vida. Porque ela passa, e passa muito rápido. Um simples flash pode ser o canal para reviver aquilo que passou.

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