Mostrando postagens com marcador Cabelo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cabelo. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Rapidinhas do Pós-adolescente: Na cadeira dos réus
E lá estava eu, tremendo, quase chorando, sentado na cadeira dos réus, no banco da morte.
A carrasca, muito parecida com a Tempestade dos X-Mens, por ser morena e ter os cabelos tingidos de branco, já estava com suas armas preparadas e a mais perigosa e afiada já em suas mãos.
" Ok Niel, Ok Niel, fique tranquilo. Seja forte, seja forte..." pensei, em meio aos meus últimos suspiros de glória.
E sem piedade, sem clemência e sem anistia e com pura frieza, rapidez e brutalidade a cabeleireira, parecida com a Tempestade, cortou os meus cabelos.
No fim, depois do ato consumado, constatei alguns fatos:
Eu nunca vou gostar do meu cabelo extremamente curto.
Eu odeio o meu cabelo curto.
Dessa vez não chorei... quer dizer, quase não chorei.
Eu nunca vou gostar do meu cabelo extremamente curto.
Se alma tem cabelo, a minha cabeleira interna deve ser muito parecida com a do Kurt Cobain ou do Jared Leto e por isso eu tenho essa resistência em cortar o meu cabelo externo.
E eu nunca vou gostar do meu cabelo extremamente curto.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Da série: Quando é que você vai cortar o seu cabelo?
Trabalhar exercendo uma função que você não sente nenhum tesão, é complicado. Trabalhar em empresa que oferece poucos benefícios, é foda. Trabalhar com pessoas diferentes em todos os aspectos sociais e culturais, não é fácil. Agora ter um emprego com todos esses sentidos, com um chefe chato, insuportável, ridículo e ainda chamado Edmilson, é castigo. Nada contra os Edmilsons da vida, mas que nome escroto.
- Daniel, tá na hora de você cortar o seu cabelo.
- Como assim Edmilson?
- Você tem que cortar o seu cabelo. Aqui na empresa, temos que seguir um perfil padrão.
- Humm entendi - já estava na empresa há uns 8 meses e será que só agora repararam no meu cabelo? - Amanha eu corto.
No dia seguinte.
- Daniel, quando é que você vai cortar o seu cabelo?
-Nesse final de semana, Edmilson - respondi, com uma certa impaciência na voz.
Cacete eu não queria cortar o meu cabelo. Eu não gosto de cortar o cabelo. Só passo por esse martírio, quando percebo que um ninho de rato já está se formando na minha cabeça. Além disso o cara praticamente me ordenou a cortar o meu cabelo. Quem ele pensa que é?
- Daniel, quando é, REALMENTE, o dia que você vai cortar o seu cabelo? - dessa vez, ele colocou mais enfase na pergunta e foi claramente enérgico e impaciente. Queria por um ponto final na história. Queria passar a tesoura, a maquininha numero zero.
- Edmilson é o seguinte: Eu vou cortar o meu cabelo porque eu quero e não porque você está pedindo - comecei a desabafar. Soltar tudo o que queria dizer. Caramba é o meu cabelo que está em risco. - Mas me responde, o que o meu cabelo tem haver com a minha conduta profis...
- Vai falar com a Tais do RH - me interrompeu o desgraçado.
Enquanto caminhava ao RH, o xinguei, mentalmente é claro, com todos os palavrões e imaginei as mortes mais insanas e dolorosas que possam existir. Puta merda, seria demitido.
- Tais, o cretino, maldito, miserável, filha da puta, broxa , bicha, comedor de bosta do Edmison, me pediu pra vim aqui - tirando os xingamentos e insultos, todo o resto da frase eu falei perfeitamente.
- Ah sim, você vai ter que mudar de setor. Você ainda tem alguns meses de contrato com a empresa, mas você deverá cumpri-los em outra área.. O Edmilson acabou de falar comigo e pediu que eu te transferisse. Então você pode escolher...
Moral da história: Nunca, jamais, ousem colocar o nome do seu filho de Edmilson.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Não mexa no meu cabelo
A pessoa que quiser lutar comigo até a morte, basta tocar no meu cabelo sem o meu ressentimento. Sério, passa a mão em qualquer parte do meu corpo menos no meu cabelo. Eu sei que isso parece pura vaidade ou frescura, mas o fato é que criei, propositalmente ou não, esse sentimento de defesa, para impor a minha concepção sobre o meu cabelo.
Eu não me importo com o que os outros acham dele. Para muitos ele é normal. Para outros não se encaixa nos padrões socias. O que realmente importa é o que eu, exclusivamente eu, acho. O meu cabelo, pra mim, representa inovação e personalidade. Tive vários estilos de cabelo. Já usei o corte tigela - tipo o do Nino do castelo Rá-Tim-Bum.- Arrepiei o cabelo - usei esse corte por anos.- Praticamente raspei a cabeça. Usei penteado topete. E agora está loiro e grande - mas logo eu mudo de novo.
Uma situação que me marcou por causa do meu cabelo aconteceu no dia da estréia da peça que eu estava fazendo. Por causa do meu personagem eu sabia que teria que fazer outro visual. Até tinha feito um dias antes, por conta própria e mostrado ao pessoal do teatro que aprovou. Mas o destino é cruel e trapaceiro. A coreógrafa da peça, que também ajudava na produção, me disse que teria que mudar ainda mais - a noticia chegou minutos antes da apresentação.- Para ela e para muitos uma simples transformação do cabelo, que duraria apenas durante o espetáculo, não teria nada de mais, mas pra mim foi como um balde de água fria. Eu lutei, relutei e quase chorei mas no fim eu cedi. O descaso que a coreógrafa fez - foi ela mesma que tentou fazer o visual do personagem - sobre o assunto, não ajudou em nada a situação. Tenho certeza que ela não fez por mal. Ela não sabia que essa questão me afetava, mas o caso é que perdi toda segurança e conforto para fazer o espetáculo. Para a minha sorte, os maquiadores me ajudaram no quesito cabelo - ele ficou menos assustador.- E depois toda a equipe fez um espetacular aquecimento corporal e emocional, que renovou os meus sentimentos, antes da peça. Esse inesquecível momento foi liderado pela professora de teatro, que também ajudou na construção da atuação e fez a sonoplastia.
Todos nós temos pontos fortes e fracos. Às vezes esses dois sentidos andam entrelaçados. Algo que parece simples e normal para muitos, pode ser a onda que derruba o castelo de areia para outros.
Eu não me importo com o que os outros acham dele. Para muitos ele é normal. Para outros não se encaixa nos padrões socias. O que realmente importa é o que eu, exclusivamente eu, acho. O meu cabelo, pra mim, representa inovação e personalidade. Tive vários estilos de cabelo. Já usei o corte tigela - tipo o do Nino do castelo Rá-Tim-Bum.- Arrepiei o cabelo - usei esse corte por anos.- Praticamente raspei a cabeça. Usei penteado topete. E agora está loiro e grande - mas logo eu mudo de novo.
Uma situação que me marcou por causa do meu cabelo aconteceu no dia da estréia da peça que eu estava fazendo. Por causa do meu personagem eu sabia que teria que fazer outro visual. Até tinha feito um dias antes, por conta própria e mostrado ao pessoal do teatro que aprovou. Mas o destino é cruel e trapaceiro. A coreógrafa da peça, que também ajudava na produção, me disse que teria que mudar ainda mais - a noticia chegou minutos antes da apresentação.- Para ela e para muitos uma simples transformação do cabelo, que duraria apenas durante o espetáculo, não teria nada de mais, mas pra mim foi como um balde de água fria. Eu lutei, relutei e quase chorei mas no fim eu cedi. O descaso que a coreógrafa fez - foi ela mesma que tentou fazer o visual do personagem - sobre o assunto, não ajudou em nada a situação. Tenho certeza que ela não fez por mal. Ela não sabia que essa questão me afetava, mas o caso é que perdi toda segurança e conforto para fazer o espetáculo. Para a minha sorte, os maquiadores me ajudaram no quesito cabelo - ele ficou menos assustador.- E depois toda a equipe fez um espetacular aquecimento corporal e emocional, que renovou os meus sentimentos, antes da peça. Esse inesquecível momento foi liderado pela professora de teatro, que também ajudou na construção da atuação e fez a sonoplastia.
Todos nós temos pontos fortes e fracos. Às vezes esses dois sentidos andam entrelaçados. Algo que parece simples e normal para muitos, pode ser a onda que derruba o castelo de areia para outros.
Assinar:
Postagens (Atom)